quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Nada de Novo Sob o Sol

imagem: google

Eu sempre procuro deixar bem claro que não entendo de política. Mas sei muito bem usar meus instintos animais para perceber quando há perigo rondando na área. E o perigo já ronda desde o descobrimento do Brasil: a ganância desenfreada. Um ganancioso só pensa nele. Não se preocupa com mais ninguém. Um ganancioso só respeita um opositor, quando ele sente que pode ser derrotado. Aí ele trata logo de se aproximar e oferecer seus préstimos, para ser poupado e, assim, continuar junto ao Poder. Mas não se engane quem acha que esse “oferecimento” foi só por medo de perder a posição. Esse “oferecimento” é estratégico, é traiçoeiro. Ao primeiro descuido o “oferecido” trata de dar um golpe e, se conseguir a sujeira, passa a comandar a situação. Essa história de falsidade e traição já existe desde que o mundo é mundo. E o cenário político brasileiro é um palco para essas representações.

Quem acreditar que algum partido político tenha (dentro da sua “ideologia”) a vontade, a coragem, ou a ousadia de querer mudar esse cenário político sujo, acredita em Papai Noel. Nenhum partido vai querer chegar ao poder para desfazer dessa “vaca leiteira”. Todos querem chegar lá para mamar até não poder mais. Enquanto nós, os verdadeiros donos da vaca, ficamos tomando chazinhos para nos mantermos calmos, eles ficam fazendo esse “teatro”: apresentando-nos uma peça que não muda nunca.

Aí aparecem os “heróis” do povo: os representantes de comunidades, os sindicalistas, os tuiteiros de plantão... Todos pregando uma política limpa, todos gritando fora aos corruptos e etc. Mas no fundo, todos só estão procurando uma oportunidade para “se dar bem”. Robin Hood só existiu na literatura e no cinema. Basta algum partido político oferecer dinheiro, ou ingressá-lo na carreira política, que o povo logo é esquecido. Aliás esquecido não: o povo fica sendo tratado no “banho Maria”, até as próximas eleições.

Sinceramente, não quero ser pessimista, mas não consigo mais sonhar. Quando vejo essa geração de “axezeiros”, “fukeiros”, “pagodeiros”, “sertaneiros”, “arrocheiros”, “neimazeiros”... Quando vejo essa juventude idolatrando celebridades que não “movem uma palha” a favor dela, eu penso que é o fim. O pior de tudo é quando eles idolatram as celebridades “de fora”. Tem gente que chega a montar acampamento para comprar ingressos para o show do seu ídolo. É muita idolatria. Esse pessoal jovem não está pensando no futuro. E quando pensa, é no futuro dele, e não o da Nação. Pelo andar da carruagem, todo mundo só quer é “se dar bem”.  O resto que se exploda. Desse jeito vamos mudar o quê?

Obs. Não citei os “roqueiros” nem os “regueiros” porque esse pessoal está sempre criticando “o sistema”. Não só nas músicas, eles sempre estão dando um “alô” para a galera, sobre a situação.

AJ Cardiais
04.01.2012   

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