Não leio nada como “estudo”... Ou talvez seja um estudo, o que procuro ler por curiosidade ou por prazer. Não sou adepto de nada, nem contra nada. Sou a favor da liberdade. Liberdade de expressão. Mas, com uma condição: procurar saber, procurar conhecer. Isso não significa fazer tal e qual “aprendeu”. Significa que sabe, conhece, mas segue o que quer seguir, o que dá prazer. Se tudo que se aprendesse, fosse obrigado a ficar fazendo tal e qual, as coisas nunca mudariam.
Na poesia, por exemplo, sempre enfatizo para que leiam Drummond, Bandeira, Quintana, Leminski e outros. Peço que leiam não como uma “obrigação”... Leiam para terem alguma ideia, para fazerem alguma comparação. Se gostarem, continuem a leitura. Não acho válido alguém ler algo “só para mostrar que sabe”, sem nenhum prazer.
Mario Quintana disse: “Já li poetas de renome universal e, mais grave ainda, de renome nacional, e que no entanto me deixaram indiferente. De quem é a culpa? De ninguém. É que não eram da minha família”. ¹
É a isto que estou me referindo: ler algo que lhe é indiferente, só porque foi escrito por alguém de renome...
Esse texto de Mario Quintana (Carta), quem se arvora a escrever poesia, deveria lê-lo, é ótimo.
¹ Mario Quintana
Em: Carta
Coleção Melhores Poemas
Ministério da Educação – FNDE
Pag. 90
Em: Carta
Coleção Melhores Poemas
Ministério da Educação – FNDE
Pag. 90
A.J. Cardiais
20.11.2011
imagem: google
20.11.2011
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