quinta-feira, 20 de abril de 2017

Sou "Caetaneiro"


Tenho algumas razões para dizer que sou “Caetaneiro”. Uma delas é a seguinte: em 67/68, numa das questões da prova (exame) de História do Brasil, eu respondi, sem pestanejar, Caetano Veloso (não lembro qual era a pergunta, só lembro da resposta). Quando acabava a prova, a turma ficava trocando informações sobre as respostas. Eu não gostava desta “resenha”, porque ficava sabendo antecipadamente o que tinha errado. Mas neste dia, o nome de Caetano estava me azucrinando e eu não conseguia me lembrar quem tinha sido esta pessoa na História do Brasil. Então aproximei-me de Maria Auxiliadora (a CDF da sala) e perguntei: Lia (o apelido dela), quem foi Caetano Veloso? Ela ficou pensando e falando: Caetano Veloso, Caetano Veloso... Até que deu um estalo, e respondeu: ah, foi um cara que apareceu na televisão ontem! E virou-se, para continuar a resenha. Fiquei logo sabendo que tinha errado uma resposta. Este era o meu mal: estudar assistindo televisão ou ouvindo musica. Talvez este tenha sido o primeiro momento em que o nome de Caetano Veloso entrou pra História do Brasil: com uma resposta errada que eu dei na prova. Esta prova ficou guardada comigo durante um bom tempo, depois não sei que fim levou.

Outro momento, este já bem distante do primeiro, foi quando, conversando com um colega de empresa chamado Álvaro, ele perguntou sem eu esperar: se tu não fosses que tu és, quem tu gostarias de ser? (ele era de Belém do Pará). Eu, sem pestanejar, respondi: Caetano Veloso. Ele, espantado, falou: ôxe, mas tu nem paraste pra pensar! Mas por que tu gostas tanto assim dele? Eu respondi: adoro a liberdade de ser, de Caetano Veloso.

Obs: naquela época (setenta e alguma coisa) Caetano pulava atrás do Trio Elétrico, no meio da multidão. Talvez seja daí que tenha saído o verso “mete o “cutuvelo” e vai abrindo caminho”. (é CUTUVELO mesmo, não é cotovelo, pois fica sem graça). É isso aí Cae, mete o cutuvelo e vai seguindo seu caminho.

A.J. Cardiais
27/02/2013
imagem: google

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