imagem: google
Vejo as pessoas se queixando dos
políticos, na internet, nos bares, nos transportes coletivos... Enfim, em tudo.
Mas ninguém luta para melhorar. Se nós queremos mudar alguma coisa, nós temos
que lutar. Lutar até contra nós mesmo, contra nossos hábitos, contra os nossos
princípios. Não adianta alguém querer um Brasil melhor, se ele mesmo não
procura melhorar, para que isso possa tornar-se realidade. De que adianta a
pessoa participar de uma manifestação contra os corruptos, “encher a cara” de
bebida alcoólica, e depois ir dirigir? Ela já estará cometendo uma inflação de
trânsito. Pior ainda se ela for presa pela policia, e “dar um trocado” para ser
liberada. Já estará praticando uma corrupção. Em escala menor, mas é a mesma
coisa. E assim são muitas e muitas coisas que nós praticamos sem nos darmos
conta de que não estamos fazendo a coisa certa.
Muita gente reclama da violência,
mas não se dá conta de que está cometendo uma violência quando liga seu
aparelho de som (potente) com o volume “nas alturas”. Não percebe que está
“agredindo” o ouvido da vizinhança. Reclama de alguém que “fura a fila”, mas
faz a mesma coisa quando encontra algum amigo que está mais à frente,
passando-lhe as contas. São pequenos atos que as pessoas cometem, sem imaginar
que (analogicamente) estão fazendo as mesmas coisas que os políticos. Este ato
de ligar o som para incomodar a vizinhança é prepotência, é arrogância, é abuso
de poder. É querer mostrar que tem um som potente, e ninguém mais tem. Se tiver
algum vizinho que tenha um som potente também, (e que seja ignorante) vai virar
uma “Babel”.
É lógico que os atos dos políticos
prejudicam milhões de pessoas, não tem nem comparação com essas “ilustrações”
que acabei de fazer. Mas nós não podemos esquecer que o nosso país é “regido pela
Lei de Gerson” (Gosto de levar vantagem em tudo, certo?). E com um povo
seguidor desses “princípios”, fica um pouco difícil mudar alguma coisa na
política. Não lembro agora quem disse isso, mas aqui serve muito bem: “Cada
povo tem o governo que merece”.
A.J. Cardiais
12.01.2012
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