Este lamento,
este agouro,
este choro...
Boi no
morredouro
boi no
matadouro...
Mata tudo,
mata de ouro
verde oliva
verde
olvida...
Esquece-se das
preces,
esquece-se dos
pais.
Bois, boiadas,
currais...
Pontos
cardeais (se orientem)
retângulo,
losango, circunferência...
Cores mil, céu
de anil, paciência.
Ideais?
Castrai! Castrai!
Clemência...
Paciência,
paciência...
Nos pés: samba
e bola.
Grande
escola...
Turistas à
vista
“para dar
pipocas aos macacos”! (Raul Seixas)
Eles querem o
ZOO, A ZONA, amam a zona:
Zona rural,
zona da mata, zona franca.
Eles destruíram
seus prostíbulos
e agora querem
as nossas zonas.
E os nativos,
ávidos por
ganharem "uma nota preta",
fascinam-se
por suas notas verdes...
Auriverde que
tremula no mastro.
Foi-se Matos,
foi-se Castro, *
foram-se
muitos
que aboiaram
estes gados.
Depois dos
"currais",
a profissão de
vaqueiro
quase não
existe mais.
“Ê, ê boi,
vida de gado.
Povo marcado,
ê
povo feliz”. (Zé Ramalho)
* Gregório de Matos e Castro Alves
A.J. Cardiais
16.02.1986
imagem: google
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