A minha capa de poeta
não me protege
do frio do medo.
Antes, o meu segredo
é revelado.
A minha capa não me cobre.
Antes, não quer que me dobre
à certas situações da vida.
A minha capa é indefinida:
não é capa, é cruz;
não é sombra, é luz;
não é nada e sendo...
E, em cima ou embaixo
da capa,
eu vou vivendo.
AJ Cardiais
13.09.2010
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