Não quero a
realidade
chorando sua
tristeza ou alegria,
sobre minha
poesia.
Eu quero, na
verdade,
a sinfonia da
loucura
rimando com
autenticidade.
Não quero a
poesia calculada,
estricnina programada
para destruir
miolos dos mortais.
Quero os ventos
dos canaviais
sacudindo as falsas
palavras
dos poemas “industriais”.
Deixem meus
poemas com gorgulho,
porque tenho
orgulho
de poetar sem
precisão.
Deixem a loucura
dar-me a mão,
pois bebo da
inspiração
a última gota de
ternura.
Posso até ser
áspero
quando me
inspiro...
Mas nunca dou um
tiro
na minha
imaginação,
por causa da
razão.
A.J. Cardiais
imagem: google
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