Sobras
Gosto dos poemas que sobram no papel, simetria é para arquitetos conservadores, não para mim;
Gosto de escrever poemas para se ensopar a alma, não suporto métricas ou rimas – isso me castra o cérebro -.
Adoro as frases soltas porque elas percorrem todo o corpo, passando por terminações nervosas e excitando todo o ser.
Não pertenço a nenhuma escola poética, prefiro a poesia das ruas, o ritmo dos passos – sempre apresados -, os olhos que não me notam, dessa forma posso criar meu poetar ensandecido, – poetar desvairado -, sempre pronto para percorrer desnudo por estradas dos saberes e não saberes.
Podem até não me entender, mas me sinto dentro de vocês com os versos que crio para deleite de quem os devora, para a ira dos que os desdenham, para ó acalmar de todo meu ser.
Marcos Martins.
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