terça-feira, 9 de dezembro de 2014

Joias Raras

















Fujo
e deixo nos meus rastros
as mágoas
o desamor
o engano...

Fico tentando enganar-me
com o nascimento de um poema
que abane o sofrimento
e transforme-o em felicidade...

Sinto o desejo de igualdade
caber em meu bolso
que, apesar de roto,
não vaza com os sofrimentos.

Os momentos
serão meu orgulho
no centro desta estrada
empoeirada...

Alheio à poeira
que veste meu corpo,
torno-me mais um vagabundo,
um andarilho,
um João sem mundo.

A.J. Cardiais
02.06.1982
imagem: google

Um comentário:

Ana Bailune disse...

Belo!
Um poema não alivia um sofrimento, mas o traduz e nos deixa mais calmos ao entendê-lo melhor...