Fujo
e deixo nos meus
rastros
as mágoas
o desamor
o engano...
Fico tentando
enganar-me
com o nascimento
de um poema
que abane o
sofrimento
e transforme-o
em felicidade...
Sinto o desejo
de igualdade
caber em meu
bolso
que, apesar de
roto,
não vaza com os
sofrimentos.
Os momentos
serão meu orgulho
no centro desta
estrada
empoeirada...
Alheio à poeira
que veste meu
corpo,
torno-me mais um
vagabundo,
um andarilho,
um João sem
mundo.
A.J. Cardiais
02.06.1982
imagem: google
Um comentário:
Belo!
Um poema não alivia um sofrimento, mas o traduz e nos deixa mais calmos ao entendê-lo melhor...
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