Todo domingo,
à tarde, me lembro de uma musica do Nelson Ned, cujo título é justamente “Domingo
à Tarde”. Num dos trechos a letra diz: “Eu não tenho nada pra fazer domingo à
tarde”. Se eu não tiver numa festança gostosa desde cedo, para mim o domingo
acaba ao meio dia. Sair de casa domingo à tarde, só se for para um programa
legal, e com um transporte certo para a volta. Porque, se for ficar dependendo
de ônibus, é fogo. Principalmente aos domingos. E quanto mais tarde pior.
Eu adoro as
manhãs de domingo. Para mim é muito especial. Principalmente quando somos
presenteados com o sol.
Roubando um
refrão da musica: “Eu não tenho nada pra fazer, domingo à tarde”... Não tenho TV por assinatura. Aliás, ultimamente
não estou muito “televisivo”. Tem poucos programas que me interessam. As coisas
que eu gosto de fazer, a vida (ou sei lá o quê) me afastou, jogou-me para
escanteio. Não digo que era um boêmio, porque este sentimento (ou filosofia?)
nunca se afastou de mim. Eu simplesmente estou impedido de “farrear”, por força
das circunstâncias (ou sei lá de quê).
Estou me
lembrando que, há muito tempo atrás, o meu domingo começava com o Viola Minha
Viola, da TVE, e acabava com o Fantástico. Quando acabava o Globo Rural, eu ia
para a rua. Quando eu voltava à tarde, ficava assistindo TV, lendo, ouvindo
musica... Ficava fazendo alguma coisa. Mas à noite, o Fantástico era
obrigatório. Aí, quando começava aquela musica: “Olhe bem, preste atenção...”
Era o sinal de que o domingo havia terminado de vez. Me dava uma tristeza...
A.J. Cardiais
29.04.2012
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