imagem: google
Ontem eu fiquei com esse lepo-lepo
me incomodando o tempo todo. Eu estava muito bem e, de repente, começava: “Não
tenho carro, não tenho teto...”. Tudo isso só na minha cabeça, pois não tinha
som nenhum ao redor. Quer dizer: por mais que você tente fugir da mesmice, ela
sempre lhe acompanha em vários lugares. Isso é o poder da mídia, da
“massificação”. Com isso eu não quero dizer que sou contra os axés, os arrochas
etc. Eu não sou contra nada porque, ao que essas musicas se propõem, que é o
entretenimento (única e exclusivamente), elas estão dentro do padrão. Então se
elas são criadas com a “intenção de entreter”, elas não podem ficar citando
coisas que as pessoas querem esquecer. E
se elas são executadas diariamente e à toda hora (até irritar o juízo final), a
culpa é da mídia que “massifica”, ou da maioria da população, que se deixa levar
por esta “massificação”. A mídia faz uma espécie de “lavagem cerebral” tão
sutil (ou não?), que o incauto acaba aderindo ao que ela quer. Isso é na
musica, na política, no consumo, no prazer... A mídia diz o que você deve ler,
o que você deve assistir, o que você deve comprar, onde você tem que estar,
como você deve se vestir, como deve dançar... E o otário que quer “estar na
moda”, que não quer ficar fora “da tribo”, segue cegamente. Aqui eu faço uma
pequena observação: lepo-lepo na minha infância, era quando o filho “aprontava”
alguma, aí os pais pegavam o cinto e lepo-lepo nas pernas, nas costas, nos
braços. Pena que esse lepo-lepo não faz a mesma coisa com esse povo, pra ver se
deixa de ser besta e para de seguir a mídia.
A.J. Cardiais
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