No meio da madrugada
Acordando
a paz e o sossego
O
caminhão de lixo passa
Sempre
disposto a recolher
Os
excessos do dia que passou também
O
caminhão do lixo baila
Sempre
disposto a aceitar calado
A
parte podre do nosso consumismo
Sempre
pronto a embalar nossa merda
E
algum resto do nosso medo
O
caminhão do lixo passa
Enquanto
a noite ainda fica
O
caminhão do lixo caça
Dando
fim nas armas
Dos
crimes da noite passada
Objetos
velhos, planos secretos, restos de amor
Estrumes
e problemas se amontoam
Em
milhares de terrenos baldios e distantes
Começando
a derramar-se para dentro
De
nossas vidas “limpas”, interferindo no
Cotidiano
com uma clara mensagem:
Ou
moderamos o consumismo ou vamos terminar
Afogados
em nossos próprios dejetos
A
progressiva escassez de ruínas históricas
Tinha
mesmo de por na moda algum dia
A
Arqueologia da Véspera.
imagem: google
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