imagem: google
"E aquelas pessoas que controlam os
passos de todos os "amigos" (e dos amigos dos amigos), sabem de todas
as conversas, e "curtem" absolutamente tudo só para que,
indiretamente, possam ficar dizendo "oi, eu existo" dez vezes por
dia? Também esperam ansiosamente que os outros fiquem curtindo tudo, e ficam
desconfiadas quando os amigos não comentam ou não curtem aquilo que elas
publicam. "Mas como o fulano não comentou nada sobre aquilo que eu
escrevi, se ele tá sempre comentando tudo lá na página da fulana?". Então,
essas pessoas começam a questionar o valor que elas têm para os outros, e
acabam pensando que podem medir uma amizade através de comentários e da
quantidade de "curtidas" em uma rede social. Mas são pessoas que já
estão tão envolvidas por essa loucura toda, que, muitas vezes, nem se dão conta
disso.
Felizmente, saí do Facebook antes que
essas coisas acabassem acontecendo comigo. Sim, porque há mais ou menos uns
dois anos, criei um perfil no Facebook e o mantive durante algum tempo (pouco
tempo), e sei como algumas coisas funcionam por lá. Não estou escrevendo apenas
sobre dados que li ou sobre coisas que me contaram, eu mesmo vi e vivi um pouco
essas coisas todas. Mas nem todo mundo consegue parar para perceber em como
tudo isso também pode ser ridículo, e o quanto nós mesmos, principalmente,
podemos ser ridículos."
Trecho do texto de Ulisses Borges
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