sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Guarani-Kaiowá


imagem: google

Desde pequeno que eu sinto uma atração enorme pela cultura indígena. Quando eu assistia algum filme de faroeste, e via os soldados matando os índios, eu ficava irritado. Quando eu comecei a entender a “história do Brasil”, vi quantas maldades os “homens brancos” fizeram (e ainda fazem) com os índios.
No meu tempo de menino eu gostava muito de batucar (ainda gosto). Então ganhei um tamborzinho de pele de cobra, e só dava eu... Tinha uma vizinha chamada dona Maria, que já gostava de uma folia. Qualquer festa na casa dela eu era o primeiro convidado. Também eu era o único tocador afinado do pedaço! Tem uma musica que ela cantava, que eu nunca esqueci. A musica era assim: “Salve Deus, salve a pátria e salve os homens (bis). / Salve todos que estão aqui/ Salve Deus, salve a pátria e salve os homens/ Salve os índios que são donos do Brasil”. Vejam isto: Os donos da terra agora precisam lutar por um "pedaço" dela.

Uma vez, numa conversa com um amigo meu (que hoje é meu compadre) sobre se o homem fazia parte da natureza, eu disse que os índios eram os únicos seres humanos que faziam parte da natureza, e expliquei o porquê. Passados alguns dias, ele me perguntou onde eu tinha lido sobre isto. Quando eu respondi que aquela “teoria” era minha, ele falou: Mas rapaz, eu estava discutindo com um pessoal sobre isto, pensando que você tivesse lido em algum lugar! Agora eu pergunto: E precisa ler em algum lugar, o que a gente está vendo? Só os índios vivem em comunhão com a natureza.

Mas a intenção deste texto é a seguinte: Eu sempre tive afinidade com os índios e com a África. Vivo sonhando em ser reconhecido por algum chefe indígena, e ganhar uma identidade, um nome. Como este dia não chegou, e estou vendo no Facebook algumas pessoas adotando o nome GUARANI-KAIOWÁ, eu vou fazer o mesmo. Se isto for para ajudar na causa contra os fazendeiros, pode dizer que estou dentro. Posso não ter o sangue de índio, mas tenho algo muito mais forte: Minha alma.

Quanto à identidade africana, graças a minha iniciação no Candomblé, eu ganhei um nome, uma dijina. E  minha nação é Angola.

AJ Cardiais Guarani-Kaiowá


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