domingo, 31 de agosto de 2014

Domingo à Tarde


Todo domingo, à tarde, me lembro de uma musica do Nelson Ned, cujo título é justamente “Domingo à Tarde”. Num dos trechos a letra diz: “Eu não tenho nada pra fazer domingo à tarde”. Se eu não tiver numa festança gostosa desde cedo, para mim o domingo acaba ao meio dia. Sair de casa domingo à tarde, só se for para um programa legal, e com um transporte certo para a volta. Porque, se for ficar dependendo de ônibus, é fogo. Principalmente aos domingos. E quanto mais tarde pior.
Eu adoro as manhãs de domingo. Para mim é muito especial. Principalmente quando somos presenteados com o sol.

Roubando um refrão da musica: “Eu não tenho nada pra fazer, domingo à tarde”...  Não tenho TV por assinatura. Aliás, ultimamente não estou muito “televisivo”. Tem poucos programas que me interessam. As coisas que eu gosto de fazer, a vida (ou sei lá o quê) me afastou, jogou-me para escanteio. Não digo que era um boêmio, porque este sentimento (ou filosofia?) nunca se afastou de mim. Eu simplesmente estou impedido de “farrear”, por força das circunstâncias (ou sei lá de quê).

Estou me lembrando que, há muito tempo atrás, o meu domingo começava com o Viola Minha Viola, da TVE, e acabava com o Fantástico. Quando acabava o Globo Rural, eu ia para a rua. Quando eu voltava à tarde, ficava assistindo TV, lendo, ouvindo musica... Ficava fazendo alguma coisa. Mas à noite, o Fantástico era obrigatório. Aí, quando começava aquela musica: “Olhe bem, preste atenção...” Era o sinal de que o domingo havia terminado de vez. Me dava uma tristeza...


A.J. Cardiais
29.04.2012

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